O escândalo do leite adulterado

O ser humano é o único mamífero que ingere leite de outra espécie, o único que ingere leite por toda a vida.
Se inicialmente o consumo era tido como um hábito saudável, hoje estudos comprovam a sua ineficiência do leite de vaca pasteurizado e industrializado como fonte de cálcio e na prevenção de doenças como arteriosclerose, artrose e osteoporose.
O consumo de leite é associado à anemias (na medida que compromete a absorção do ferro) e problemas do trato intestinal (como intolerância à lactose e/ ou à caseína), sobretudo em bebês.
A descoberta recente de um problema antigo - a adulteração do leite de vaca - nos remete às vantagens primárias do aleitamento materno: risco zero de contaminação (se oferecido diretamente no seio), menor custo financeiro e maior qualidade, sendo o leite perfeito para a nossa espécie pelo menos até os dois anos de idade.
É fato que o leite de vaca ao ser industrializado-pasteurizado-desidratado perde algumas de suas propriedades, mas nesse processo não pode ganhar componentes químicos nocivos à saúde, caso da água oxigenada (que em tese deveria ser evaporada pelo processo UAT dos longa vida) e da soda cáustica.
Marcas famosas de leite como a Parmalat (que possui um histórico de escândalos) e a Nestlé (que fabrica fórmulas para recém nascidos) estão envolvidas nas denúncias de compra de leite adulterado oriundo das cooperativas mineiras Casmil (Sudoeste Mineiro) e Coopervale (do Vale do Rio Grande). Algumas das outras marcas de leite longa vida que chegam à mesa do consumidor adulteradas são Calu e Centenário.
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As envolvidas
Casmil: Produção diária de cerca de 250 mil litros.
Copervale: Produção diária de cerca de 150 mil litros.
O que foi adicionado ao leite:
Água oxigenada; soda cáustica; ácido cítrico; citrato de sódio; sal; açúcar.
Algumas das compradoras:
Parmalat; Calu; Centenário.
Perigos à saúde em altas quantidades:
Soda cáustica – Danifica a mucosa intestinal, causando até perfurações. Inflama as mucosas do esôfago e do estômago, podendo causar esofagite e gastrite. Muda o PH do sistema gástrico, o que prejudica seu funcionamento normal.
Água oxigenada – Também causa esofagite e gastrite. Danifica a membrana das células do estômago, o que pode causar úlcera e erosão.
Perigos à saúde em pequenas quantidades:
A soda cáustica e a água oxigenada podem causar enjôos, inflamações e vômitos.
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