Chupetas, mamadeiras e afins.

Poucas pessoas sabem, um número menor ainda já tinha visto... O Pedro usou chupeta por um tempo.
Mãe de primeira viagem, mesmo tendo certeza que chupeta não era bom, cedi aos seus encantos por dois motivos: pressão familiar e sugestão da pediatra.
Explico: com quase dois meses de vida, levei o Pedro pra São Paulo. Ele, que só mamava exclusivamente no peito e estava fora do seu "habitat natural", ficou muito agitado e grudento, ou seja, não largou do meu peito um segundo e chorava mais do que o fazia normalmente.
A família tinha certeza que meu leite não era suficiente e que ele precisava de chupeta pra se acalmar. Um único final de semana foi suficiente pra me deixar muito pilhada e ficar olhando pra ele com uma dúvida pairando no ar... Toda vez que ele mudava um pouco o temperamento, a chupeta rondava meu pensamento...
Com 3 meses, Pedro já não dormia durante o dia e estava sempre muito alerta. Passava muito tempo no peito, o que de fato era muito cansativo. Então ele deixou de ganhar peso, mantendo-se nos 5.400gr até completar 5 meses e a pediatra sugeriu o bico pra que ele pudesse se acalmar, dormir e permitir que o peito enchesse de leite gordo. Era uma tentativa de fazer o ganho de peso dele melhorar.
Por isso, ele usou chupeta por um mês mais ou menos. O uso era MUITO controlado, somente após as mamadas, até que ele adormecesse. Mas eu tirei por que achava horrível e fazia com que eu me sentisse incapaz de lidar com meu filho sem precisar de uma interferência externa.
Tirar chupeta é delicado. Tão delicado quanto desmamar. É cansativo e demorado (pra nós, quase 3 semanas). É preciso que a mãe esteja muito certa do que quer e que não ceda ao choro do bebê, oferecendo a chupeta novamente. É preciso que o pai apóie também, revezando-se na tarefa de acalentar o pequeno.
Não oferecer a chupeta é evitar passar por este transtorno. É aumentar as chances de sucesso na amamentação. É encontrar maneiras saudáveis de lidar com o bebê e aumentar o vínculo com ele, sem contar os problemas de odoontologia e fonoaudiologia.
Chupeta não é natural... Se fosse necessária, nasceria uma junto com a criança, assim como crescem o seios para a amamentação...
Depois deste epsódio, ele nunca mais colocou um bico na boca, nem de brincadeira.
Mamadeira é algo em que ele nunca colocou a mão. E não escondo: tenho muito orgulho disso.
Meu nome é Patricia, tenho o Heitor de 5 anos, que mamou até 2, e agora a Helena de 4 meses, que ao contrário do primeiro, é agitada e quase não dorme durante o dia (mas dorme a noite toda, uma beleza, mas não para o meu peito, que enche que parece que vai explodir! rsrsrs)
ResponderExcluirNos primeiros meses, ficamos aturdidos com a diferença e "desesperados" ela ficava agitada e chorava e não sabíamos o que fazer, era tudo tão diferente do primeiro, desde a gestação e parto (o obstetra queria uma cesariana, dizendo que ela estava muito grande, sendo que somos ferrenhos defensores do parto normal) e ainda por cima o fantasma do ganho de peso.
Meu marido foi até comprar a chupeta (e de tão desesperado trouxe pra menina uma azul com desenho de carrinho)eu falei: mas azul? ele: isso é só uma porcaria de chupeta! eu fiquei olhando... mas que porcaria estávamos fazendo? ele tinha razão, ao invés da chupeta, que aliás só provocava ânsia e mais choro, eu deixava ela "chupetar" o peito o quanto quisesse e à noite eu tirava o leite para o banco de leite daqui de Botucatu, onde a gente mora (fiquei tão orgulhosa! o vidrinho cheio no congelador).
Aos poucos ela foi se acalmando, com a ajuda de uma homeopatia de camomila que a pediatra indicou. Hoje, aos 4 meses, ela continua acordada durante o dia, mas tranquilinha e sorridente, "chupeta" o peito toda hora, dorme super bem a noite, meu peito já se "acostumou", já não enche tanto durante a noite.
A chupeta? dei de "presente" (de grego, aliás!rsrsrs)