Diferenças na composição do leite materno
A constituição do leite varia muito. Abaixo algumas dessas características e composições:
Colostro: é amarelado devido principalmente à presença de betacaroteno, possui aspecto cremoso/viscoso, é muito rico em proteínas, vitaminas, sais minerais e lactose, que promove a multiplicação de lactobacillus bifidus que favorece o crescimento da flora intestinal. Facilita a expulsão do mecônio e, consequentemente, promove a limpeza do tubo digestivo, ajudando a prevenir a icterícia (King, 1991; Levy, 1994; OMS, 1994; Aguilar Cor-dero, Moyano Díez e García Aguilar, 2005). A proporção de gorduras é menor no colostro do que no leite maduro. Em contrapartida, tem mais elevadas concentrações médias de sódio, cloro e potássio, assim como é maior o seu teor de proteínas, vitaminas lipos-solúveis, minerais e imunoglobulinas, especialmente de IgA’s, que, conjugadas com outros anticorpos formados na própria glândula mamária, fornecem ao recém-nascido a primeira imunização pós-parto.
Presente desde aproximadamente 20 semanas de gestação até cerca de 2 a 7 dias após o nascimento. A mãe que amamenta um filho grávida do seguinte não deixa de produzir colostro até que a placenta seja desprendida do útero!
Leite de transição: Após o colostro é secretado o leite denominado “de transição”, cuja produção pode prolongar-se por uma ou duas semanas. O seu aspecto é aguado, o que, por vezes, constitui fator de preocupação para muitas mulheres menos informadas, levando-as a pensar que o seu leite não é suficientemente bom para a criança e, por isso, manifestam vontade de desistir de amamentar. No leite de transição, que se vai modificando de forma gradual, de acordo com a evolução do recém-nascido, adaptando-se às necessidades nutricionais e digestivas deste, a concentração de imunoglobulinas e o teor de vitaminas lipossolúveis tornam-se progressivamente menores, enquanto aumenta o conteúdo de vitaminas hidrossolúveis, lípidos e lactose, com consequente acréscimo do aporte calórico (Aguilar Cordero, 2005b). Na fase de produção do leite de transição, que é popularmente conhecida como “descida do leite”, a mãe pode apresentar febre, dor de cabeça e congestão vascular, acompanhada de um aumento de volume das mamas.
Leite maduro: É uma mistura homogênea com três partes: emulsão (gotículas de gordura), suspensão (partículas coloidais de caseína) e solução (componentes hidrossolúveis. (Nascimento e Issler, 2003: 49). Ele contém todos os nutrientes necessários para conseguir um crescimento e um desenvolvimento ideais, com a quantidade adequada de nutrientes metabolizados e facilmente digeríveis como as proteínas do soro, os lípidos e a lactose, assim como uma distribuição proporcional de aminoácidos. Também designado por definitivo, surge por volta do décimo quinto dia (terceira semana pós-parto), tem uma cor mais branca e aspecto mais consistente do que o leite de transição (Aguilar Cordero, 2005b). A produção aumenta ao longo da lactação em função das necessidades da criança. Possui maior teor lipídico e de lactose, apresentando menor quantidade de proteínas, e contém a maior parte dos minerais e vitaminas lipossolúveis. Nesta terceira fase, o leite também apresenta modificações, em função da etapa da amamentação, da hora do dia, da nutrição da mãe e da idade do bebê (Aguilar Cordero, 2005b). No início da mamada, é normalmente mais acinzentado e aguado, rico em proteínas, lactose, vitaminas, minerais e água, e, no final da mamada,costuma ser mais branco e rico em energia, pois contém mais gordura. E é o alto teor lipídico no leite do final da mamada (o chamado leite posterior) que induz a sensação de saciedade, pois cerca de metade da energia fornecida pelo leite materno é mediada por gorduras (Lothrop 2000).
parabens pelo blog. Apesar de blog ser uma fonte de busca nao científica, o autor deste utiliza fontes confiáveis para produção de texto.
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