21-03: Dia Internacional da Síndrome de Down
Por que amamentar ao seio um bebê SD?
- Protege contra infecções e
problemas gastrointestinais: bebês com SD são mais propensos as infecções
respiratórias e constipação, cólicas, regurgitação ou refluxo gastroesofágico.
O Leite Humano provê imunidade e é de fácil digestão.
- Estimula a coordenação oral para sucção e deglutição: o ato de
mamar ao seio ajuda estes bebês a fortalecerem sua estrutura oro-facial, que
facilitará o desenvolvimento da linguagem posteriormente.
- Estimulação extra: o maior contato pele-a-pele propiciado
automaticamente pelo aleitamento natural dá ao lactente estímulos sensoriais
que possibilitam alcançar mais plenamente suas potencialidades.
- Proximidade entre o binômio: a amamentação, quando está indo
bem, pode estreitar o apego entre a mãe e seu filho, sendo fonte de prazer
mútuos. O recém nascido (RN) precisa de colo, aconchego e sua mãe precisa
senti-lo, vincular-se e "readotá-lo". Estes contatos íntimos que só a
amamentação propicia é o melhor começo para a vida de ambos.
- Realçando as habilidades maternais: a capacidade da mulher de
alimentar seu bebê por si própria aumenta sua auto-estima. Você sendo
persuadida e encorajada a sentir-se com conhecimento pleno para cuidar de seu
filho, isto é algo que vai servir para toda sua vida.
O aleitamento materno pode continuar mesmo
estando separados
Alguns RNs com Síndrome podem ter problemas cardíacos e respiratórios necessitando de cuidados de neonatologia especiais. Eles podem ter que ficar em Unidades de Terapia Intensiva ou Berçários por algum período. Mesmo assim, sua mãe deve lhe prover colostro (o precursor do Leite Materno que é riquíssimo em anticorpos e leucócitos) e depois da apojadura (primeira descida do leite que ocorre entre 2-5 dias pós-parto) lhe ofertar seu leite. Para isto ela precisa ser apoiada para a ordenha manual ou com bombas eficazes e assegurar que seu RN receba este leite por conta-gotas, seringas ou copinhos e nunca por chuquinhas ou mamadeiras. Isto é importante para a profilaxia da chamada "confusão de bicos", isto é, o bebê perde o reflexo de sucção ao seio, o que lhe exige maior esforço. O colostro e o leite de peito dos primeiros dias é suficiente para os RNs, eles não necessitam de nenhum outro alimento, nem água ou solução glicosada.
Alguns RNs com Síndrome podem ter problemas cardíacos e respiratórios necessitando de cuidados de neonatologia especiais. Eles podem ter que ficar em Unidades de Terapia Intensiva ou Berçários por algum período. Mesmo assim, sua mãe deve lhe prover colostro (o precursor do Leite Materno que é riquíssimo em anticorpos e leucócitos) e depois da apojadura (primeira descida do leite que ocorre entre 2-5 dias pós-parto) lhe ofertar seu leite. Para isto ela precisa ser apoiada para a ordenha manual ou com bombas eficazes e assegurar que seu RN receba este leite por conta-gotas, seringas ou copinhos e nunca por chuquinhas ou mamadeiras. Isto é importante para a profilaxia da chamada "confusão de bicos", isto é, o bebê perde o reflexo de sucção ao seio, o que lhe exige maior esforço. O colostro e o leite de peito dos primeiros dias é suficiente para os RNs, eles não necessitam de nenhum outro alimento, nem água ou solução glicosada.
Dificuldades Podem Ser Superadas
Um estudo (Aumonier 1983) com 59 bebês com SD relata que 52% não
tiveram problemas de sucção. Porém, a maioria dos RNs com esta Síndrome tende a
ser "moles", ou seja, tem um baixo tônus muscular (chamado de
hipotonicidade), e alguns podem não estarem aptos a terem uma amamentação
eficaz logo de início. Um RN assim, precisa de uma ajuda extra para achar,
abocanhar e permanecer ao seio. Temos que esclarecer a esta mãe que a força
muscular e de sucção vai evoluindo com o tempo e com a prática. Um lactente
hipotônico pode ter dificuldade de colocar sua língua em volta do mamilo e da aréola
quando estiver mamando. A língua achatada ou plana (ela normalmente na mamada
fica concavada) pode causar que o leite que está sendo engolido escorra pelos
cantos da boca. Em função disso, o esforço dele é maior para ter menos leite.
Então, as mulheres precisam ter uma disponibilidade ainda maior, principalmente
nas primeiras semanas.
É também muito comum, os bebês serem "preguiçosos" e
dormirem entre e durante as mamadas. Durante as primeiras semanas de vida, isto
pode trazer uma dificuldade a mais para o aleitamento. Se ele não mama frequentemente
e por um tempo satisfatório, ele pode não ganhar peso suficiente.
Dicas para superá-las
- Tente interessar seu bebê a mamar frequentemente durante o dia:
ajude-o a ter mamadas curtas e freqüentes (menor que 10 minutos de sucção
efetiva em cada peito a cada 2-3 horas) será melhor que mamadas longas e
espaçadas.
- Desperte o lactente antes de oferecer o seio e o estimule a
manter-se interessado durante a mamada: há posições que favorecem o sono (com o
bebê deitado) que então, devem ser evitadas, carinhos vigorosos nos pés e na
cabeça também podem ser usados; verifique se ele não está muito agasalhado;
banhos também podem fazer com que fiquem mais despertos.
Permaneça com ele andando pela casa, falando ao telefone, colo não
vicia!
Posicione o Bebê Bem Junto ao Seio
Quando colocar o RN para mamar, certifique-se que ele está bem
posicionado. Ele precisa gastar toda a sua energia para a sucção e não pode
desperdiçá-la para sustentar a sua cabecinha o para manter seu corpo para o
alto a fim de alcançar o seu peito. Travesseiros, almofadas e poltronas com
braços e apoio para os pés ajudam a pega ideal e mantê-lo numa posição
horizontal em relação a você. Tudo isto faz ele mamar melhor e com menos
esforço.
Evitando Engasgar e Sufocar
Eles têm maior tendência a engolir com dificuldades e de se
"afogarem" por causa do baixo tônus muscular e suas vias aéreas ficam
desprotegidas ao deglutirem. Se isto for um problema, você tem que tentar colocá-lo
numa posição onde o pescoço e a garganta dele fiquem mais altas do que seu
mamilo. Usando as seguintes posições:
* Adicione mais um travesseiro sob o bebê e incline-se
ligeiramente para trás de modo que seu peito esteja num angulo para cima.
* Apoie-se numa cadeira de balanço com seus pés sobre uma almofada
ou banqueta, fazendo com que seus joelhos fiquem para cima.
* Deite-se com ele ao seu lado com uma toalha de banho dobrada
abaixo dele, de forma que o rosto dele esteja ligeiramente angulado para baixo
em relação ao seu mamilo.
Um procedimento que deve acontecer com todos os lactentes ao serem
colocados para mamar, é que sua boca tem que estar bem aberta para abocanhar o
mamilo e parte da aréola. Às vezes é necessário abaixarmos sua mandíbula (maxilar
inferior) com as nossas mãos, nas primeiras semanas, nos bebês com baixo tônus
muscular.
Alguns lactentes insistem em ficar com a língua suspensa, e
devemos exercitá-los a pôr a língua para baixo.
Seja Artista: Mãos em Posição de Bailarina !
O bebê pré-termo ou de baixo peso pode necessitar que a sua
mandíbula e o seu queixo sejam sustentados para que ele sugue bem. Até que ele
fique mais forte você pode usar sua mão e seu dedo indicador abaixo do maxilar
inferior, apoiando seu queixinho.
Releia o "MANUAL DE INSTRUÇÕES"
Como manda a nova lei do consumidor, o seu bebê deve ter vindo
acompanhado de um manual que explica como ele funciona e se manifesta. Caso
isto não tenha acontecido, não dá mais para reclamar. O jeito é descobri-lo, ou
seja saber como ele reage, as coisas que ele gosta ou não. No caso, por
exemplo, dele ser um engolidor de ar quando está mamando, ele pode necessitar
arrotar mais, inclusive entre um seio e outro (no meio de uma mamada).
Descobrir como ele é e como vocês são será uma aventura muito interessante.
Ganho de peso insatisfatório
Relembre-se que não existe leite fraco ou pouco leite. É preciso
de um acompanhamento pediátrico para verificar a eficácia das mamadas. Ás vezes
é preciso retirar o leite materno dos seios e ofertá-los nos intervalos das
mamadas. Apenas os bebês que possuem severas anormalidades cardíacas é que não
sugam muito bem e consequentemente podem não engordar como o esperado.
Paciência e perseverança são o melhor remédio
É um desafio a amamentação de um bebê com SD, mas logo logo as
vantagens são percebidas e quando bem apoiado o AM é muito prazeroso para
ambos. Curta esta fase, que passa tão rápido!
Para os profissionais de saúde
A puérpera/nutriz de um bebê com Síndrome de Down pode estar se sentindo culpada, triste no pós-parto, isto faz com que seja mais difícil reter informações, aceitar "conselhos e recomendações" de profissionais de saúde. O apoio de pessoal capacitado e sensível é fundamental. Mais tempo, carinho e dedicação devem ser ofertados para esta família, o pai, irmãos e avós estando presentes nestes momentos nos possibilita melhores resultados.
A puérpera/nutriz de um bebê com Síndrome de Down pode estar se sentindo culpada, triste no pós-parto, isto faz com que seja mais difícil reter informações, aceitar "conselhos e recomendações" de profissionais de saúde. O apoio de pessoal capacitado e sensível é fundamental. Mais tempo, carinho e dedicação devem ser ofertados para esta família, o pai, irmãos e avós estando presentes nestes momentos nos possibilita melhores resultados.
Adaptado de aleitamento.com
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