Síndrome de Down = Apoio em dobro para amamentar
Segundo Nursing... (1995), a necessidade do aleitamento materno em crianças com Síndrome de Down é considerada particularmente importante devido a hipotonia muscular e a susceptibilidade à infecções respiratórias, além do estabelecimento do vínculo mãe/filho.
Embora o bebê com Síndrome de Down deva receber aleitamento materno, sua sucção é insuficiente devido ao tônus muscular diminuído e, muitas vezes, a própria mãe não tem condições de amamentar devido ao estresse emocional ocasionado pelo impacto da notícia (Cooley & Graham, 1991).
Vários fatores contribuíram para a realização ou não do aleitamento. De acordo com os dados dessa
pesquisa, a forma como foi transmitida a notícia do nascimento de um filho com Síndrome de Down para
a mãe e o impacto desse fato no seu estado emocional, foi um fator importantíssimo para a concretização ou
não da amamentação. Esse fato foi decisivo também, na relação da mãe com o profissional de saúde - geralmente o pediatra - e conseqüentemente na orientação e estímulo para o aleitamento. Devido a sua
importância no contexto do tema, ela é a primeira categoria a ser interpretada e que foi elaborada a
partir das falas das entrevistadas.
(...) Um dos fatores que diferenciou (...) foi a presença ou ausência de profissionais sensíveis e competentes na orientação e apoio a essas mulheres, por ocasião do nascimento de seu filho com a Síndrome e durante o processo de lactação. Para as mães que conseguiram amamentar, essa experiência se constituiu em momentos de satisfação, prazer e um profundo vínculo com seu filho. Aquelas que não tiveram sucesso no aleitamento, relatam sentimentos de impotência, frustração e por vezes, culpa.
Acreditamos que a maioria das mães consegue amamentar seus filhos com Síndrome de Down, para
quem essa prática é de fundamental importância. Existem situações entretanto, com sérios obstáculos
a realização do aleitamento materno e os profissionais devem estar preparados para identificar esses casos e
orientar a mãe sobre a melhor conduta a ser seguida.
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rn/v12n1/v12n1a08.pdf
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